A expansão romana

Sumário: A expansão romana

Foi durante o período republicano que Roma se transformou de simples cidade-estado em um grande império, voltando-se inicialmente para a conquista da Itália e mais tarde de todo o mundo mediterrâneo.

 Causas

A expansão romana foi motivada por várias razões, nomeadamente:

  • Manutenção da segurança – nos primeiros tempos, os romanos tiveram que lutar pela sobrevivência, defendendo-se dos ataques dos vizinhos; depois, conhecedores das suas fraquezas, lançaram vitoriosas contraofensivas, alargando deste modo o território;
  • Necessidades económicas – o conflito acentuado entre aristocracia e pequenos proprietários pela posse de terras, o surgimento de latifúndios (grandes propriedades) e a produção virada para o mercado, motivaram os romanos a expandirem-se em busca de terras, escravos, mercados, matérias-primas e outras riquezas.
  • Aumento de poder e prestígio – a aristocracia romana, sobretudo os líderes políticos e militares, pretendia aumentar sua glória e prestígio e alargar o poder do povo romano sobre habitantes de outras regiões.

 Fases

O processo de expansão romana pode ser dividido em três fases distintas:

1ª fase: Entre os séculos IV e III a. C., os romanos conquistaram a Península Itálica e as cidades gregas. Roma se tornou uma das cidades mais poderosas do Mediterrâneo.

Conquista da Península Itálica
Conquista da Península Itálica

2ª fase: Nos séculos III e II a. C., entraram em confronto com Cartago (situado no norte de África), que até então dominava um vasto império comercial no Mediterrâneo Central e Ocidental. Após violentas e prolongadas batalhas militares, conhecidas por guerras púnicas (púnico deriva de puni, que significa fenício – que como os romanos chamavam os cartagineses), os Cartagineses foram vencidos e os romanos apoderaram-se do Norte de África, Sicília e costas mediterrânicas da Península Ibérica;

expansão romana
expansão romana

3ª fase: Após eliminar o seu rival Cartago, os romanos conquistaram a Península Ibérica, a Gália, os territórios da margem direita do Rio Danúbio, o Egipto. Também tomaram a Britânia, a Dácia (Roménia), a Macedónia e diversos territórios da Ásia Menor.

Extensão do império romano
Extensão do império romano

Roma construiu um grande Império e passou a dominar todo o mar Mediterrâneo, que por isso passou a ser chamado pelos romanos de mare nostrum (nosso mar).

Consequência da expansão

As conquistas trouxeram mudanças profundas na vida dos romanos, dentre os quais cabe destacar:

  • O contacto dos romanos com a cultura de outras civilizações, das quais sofreram grandes influências, sobretudo dos gregos, cuja cultura os romanos admiraram e assimilaram;
  • O enriquecimento do Estado romano (impostos, terras, joias de ouro e prata e outros bens obtidos nas províncias). Como resultado, o estilo de vida romano, antes simples e modesto, tornou-se luxuoso e requintado (somente para uma minoria: patrícios e plebeus ricos).
  • O fortalecimento de um novo grupo social, o dos cavaleiros, homens enriquecidos com o comércio, a cobrança de impostos nas áreas conquistadas e com os serviços prestados ao governo de Roma;
  • O aumento do escravismo;
  • A concentração das terras conquistadas nas mãos de poucos, o que fez aumentar os latifúndios;
  • Empobrecimento dos pequenos proprietários e aumento do êxodo rural.

 

Fontes:

BELATO, Dinarte. Civilizações clássicas II. Ijuí, Rio Grande do Sul, Brasil, 2009. Disponível em:

http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/205/Civiliza%C3%A7%C3%B5es%20Cl%C3%A1ssicas%20II.pdf?sequence=1

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. (Manual do Professor) Vol. I. Ensino Médio. Saraiva. São Paulo, 2010.

http://paginapessoal.utfpr.edu.br/passos/historia-i/historia-i/Hist.7CIVILIZAOROMANA.pdf

http://repositorio.geracaoweb.com.br/20120807_094115historiaaromaaulas111213.pdf

http://sebastiaoe.dominiotemporario.com/doc/civilizacao%20Romana.pdf

http://es.slideshare.net/Atham/el-imperio-romano-13258519

Da monarquia à República romana

Sumário: Da monarquia à República

Por volta de 509 a. C., os patrícios, que pretendiam ter o controlo do poder e exercer domínio sobre Roma, organizaram-se (sob a liderança de Brutus) e expulsaram o rei etrusco (Tarquínio, o Soberbo) e implantaram uma nova organização política: a República (forma de governo em que o Estado e o poder pertencem ao povo).

Proclamação da república romana
Proclamação da república romana

Porém, era uma República Aristocrática, pois só os patrícios eram considerados cidadãos romanos e por isso só eles podiam participar no governo da cidade.

Na República, o poder exercido pelos seguintes órgãos, com suas respetivas funções:

  • Consulado – composto por dois membros, chamados cônsules eleitos pela Assembleia Centurial para um mandato de um ano. Aos cônsules cabia apresentar projetos de lei, presidir o Senado e a Assembleia Centurial, além de chefiar o Exército. Para tanto, precisavam consultar a Assembleia e, especialmente, o Senado. Havia uma hierarquia entre eles, tendo cada uma funções específicas e diferentes. Brutus teria sido o primeiro magistrado (cônsul) da nova República.

    Cônsules romanos
    Cônsules romanos
  • Senado – era formado por trezentos membros escolhidos entre os mais destacados cidadãos romanos, com cargo vitalício. Cuidavam das finanças públicas, da administração, da política externa e podiam fazer declaração de guerra ou de paz. O senado era a instituição mais poderosa da república romana e da qual só participavam os patrícios.

    Senado romano
    Senado romano
  • Magistrados – eram os altos funcionários da República. Além dos Cônsules, que representavam o cargo máximo da magistratura, havia: Pretores (administravam a justiça), Censores (responsáveis pelo recenseamento, controladores de contratos, vigilância dos costumes), Edis (abastecimento, policiamento e manutenção), Questores (finanças públicas e impostos), Ditador (eleito em ocasiões excecionais, por um período de seis meses) e pontífice máximo (que era o chefe dos sacerdotes). Mais tarde, surgiu uma outra figura de magistrado: o Tribuno da Plebe (magistrado que defenderia os plebeus com o poder de veto sobre as decisões do Senado e de outros magistrados.

    Magistrados romanos
    Magistrados romanos
  • Assembleia dos Cidadãos (Comícios) – eram assembleias do povo. Havia três assembleias: Curial (os cidadãos eram divididos pelo local de origem ou de residência), Centurial (divisão dos cidadãos de acordo com a riqueza e a participação no exército) e Tribal (formada por plebeus). Elegiam os magistrados e aprovavam ou não as leis romanas que estavam longe de refletir as aspirações do povo.senado-romano

Fontes:

BELATO, Dinarte. Civilizações clássicas II. Ijuí, Rio Grande do Sul, Brasil, 2009. Disponível em:

http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/205/Civiliza%C3%A7%C3%B5es%20Cl%C3%A1ssicas%20II.pdf?sequence=1

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. (Manual do Professor) Vol. I. Ensino Médio. Saraiva. São Paulo, 2010.

http://paginapessoal.utfpr.edu.br/passos/historia-i/historia-i/Hist.7CIVILIZAOROMANA.pdf

http://repositorio.geracaoweb.com.br/20120807_094115historiaaromaaulas111213.pdf

http://sebastiaoe.dominiotemporario.com/doc/civilizacao%20Romana.pdf

http://es.slideshare.net/Atham/el-imperio-romano-13258519

 

 

A organização política romana: a monarquia

Sumário: A organização política romana: a monarquia

De início, Roma e o seu território era governado por reis. Era, portanto, uma monarquia. O período monárquico iniciou-se com a fundação da cidade de Roma e terminou em 509 a. C., quando uma revolta da aristocracia depôs o último rei – Tarquínio, o Soberbo.

Os principais órgãos da monarquia eram o rei, o Senado e a Assembleia Curial.

monarquia romana
monarquia romana
  • O rei – exercia as funções de chefe político e militar, juiz e grande sacerdote. Portanto, tinha todos os poderes e seu cargo era vitalício. São conhecidos sete reis romanos:

– 753 a. C. – 716 a. C. – Rômulo (fundador de Roma junto com o irmão Remo)
– 716 a. C. – 674 a. C. – Numa Pompilio
– 674 a. C. – 642 a. C. – Túlio Hostilio
– 642 a. C. – 617 a. C. – Anco Marcio
– 617 a. C. – 579 a. C. – Lúcio Tarquinio Prisco
– 579 a. C. – 535 a. C. – Servio Tulio
– 535 a. C. – 509 a. C. – Tarquinio, o Soberbo

Os sete reis romanos
Os sete reis romanos
  • O Senado – era um conselho formado pelos cidadãos mais idosos, responsáveis pela chefia das grandes famílias (gentes), ligadas entre si por lações culturais e de parentesco. Suas principais funções eram propor novas leis e fiscalizar as ações do rei.

    Senado
    Senado
  • A Assembleia Curial (comício) – formada por patrícios adultos (homens em condições de servir o exército), discutiam e votavam as leis elaboradas pelo Senado, escolhiam o rei com a aprovação do Senado e elegiam altos funcionários. A Assembleia reunia-se apenas quando convocada pelo rei.

 

Fontes:

BELATO, Dinarte. Civilizações clássicas II. Ijuí, Rio Grande do Sul, Brasil, 2009. Disponível em:

http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/205/Civiliza%C3%A7%C3%B5es%20Cl%C3%A1ssicas%20II.pdf?sequence=1

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. (Manual do Professor) Vol. I. Ensino Médio. Saraiva. São Paulo, 2010.

http://paginapessoal.utfpr.edu.br/passos/historia-i/historia-i/Hist.7CIVILIZAOROMANA.pdf

http://repositorio.geracaoweb.com.br/20120807_094115historiaaromaaulas111213.pdf

http://sebastiaoe.dominiotemporario.com/doc/civilizacao%20Romana.pdf