Origem étnica da população cabo-verdiana: a mestiçagem

Sumário: A mestiçagem

A mestiçagem em Cabo Verde processou-se de duas formas: pelo encontro entre os homens brancos e as mulheres negras e também entre as diferentes etnias africanas aqui presentes.
Por motivos diversos, a presença da mulher branca na ilha de Santiago era muito rara. Por isso, desde muito cedo, os colonos brancos se envolveram com as suas escravas, dando origem aos primeiros mestiços.
A presença de africanos de diversas etnias conduziu a uma mestiçagem entre os indivíduos desses grupos étnicos, da qual terão nascido os híbridos.
Essa mestiçagem racial teve seus impactos na formação da cultura cabo-verdiana, que tem traços de diversos espaços.

Fontes:
RODRIGUES, Joanita Cristina; FORTES, Maria Auxiliadora da Cruz. História e Geografia de Cabo Verde – 7º ano (verão experimental). Porto Editora, Porto, 2011.
ALMEIDA, José Maria. (direcção). Descoberta das ilhas de Cabo Verde. Arquivo Histórico Nacional. Praia, 1998.
ANDRADE, Elisa Silva. As ilhas de Cabo Verde: da descoberta à independência nacional (1460-1975). L´Harmattan. Paris, 1996.
SANTOS, Maria Emília Madeira; TORRÃO, Maria Manuel Ferraz; SOARES, Maria João. História Concisa de Cabo Verde. Instituto de Investigação Científica Tropical, Instituto Nacional de Investigação e Património Culturais de Cabo Verde. Lisboa-Praia, 2007.
CARREIRA, António. Cabo Verde: formação e extinção de uma sociedade escravocrata (1460-1878). 3ª Edição. Instituto de Promoção Cultural. Praia, 2000

A origem étnica da população cabo-verdiana

Sumário: A origem étnica da população cabo-verdiana

Para a formação da sociedade caboverdiana participaram, inicialmente, dois grandes grupos étnicos: brancos europeus e negros africanos.
Os brancos, grupo numericamente minoritário, eram constituídos por europeus de diferentes nacionalidades, sendo a maioria portugueses, que constituíram os primeiros colonos. Eram essencialmente comerciantes e fixaram-se em Ribeira Grande de Santiago, sobretudo a partir de 1466.
Os negros eram sobretudo escravos trazidos da costa da Guiné e representavam a maioria da população. Oriundos da região da Costa da Guiné, eles vieram de várias etnias: Cassangas, Manjacos, Felupes, Balantas, Papéis, Naluns, Bijagós e Jalofos. Vieram sobretudo a partir de 1472, com a necessidade de desenvolver a actividade agro-pastoril para a manutenção do comércio com a costa da Guiné.
É o cruzamento desses grupos étnicos (brancos e negros) que vai dar origem à população cabo-verdiana.
Todavia, a distribuição étnica da população ocorreu de forma diferente em cada uma das ilhas, devido a influência de factores como o clima, o tipo de actividade económica desenvolvida e a forma de ocupação dos espaços. Nas ilhas de Santiago e Maio, por exemplo, os negros fixaram-se ali em número superior aos brancos, pois as necessidades económicas e os condicionalismos climáticos assim exigiram. Pelas mesmas razões, nas ilhas do Fogo (até 1680) e Brava a população branca era superior aos negros.

Fontes:
RODRIGUES, Joanita Cristina; FORTES, Maria Auxiliadora da Cruz. História e Geografia de Cabo Verde – 7º ano (verão experimental). Porto Editora, Porto, 2011.
ALMEIDA, José Maria. (direcção). Descoberta das ilhas de Cabo Verde. Arquivo Histórico Nacional. Praia, 1998.
ANDRADE, Elisa Silva. As ilhas de Cabo Verde: da descoberta à independência nacional (1460-1975). L´Harmattan. Paris, 1996.
SANTOS, Maria Emília Madeira; TORRÃO, Maria Manuel Ferraz; SOARES, Maria João. História Concisa de Cabo Verde. Instituto de Investigação Científica Tropical, Instituto Nacional de Investigação e Património Culturais de Cabo Verde. Lisboa-Praia, 2007.
CARREIRA, António. Cabo Verde: formação e extinção de uma sociedade escravocrata (1460-1878). 3ª Edição. Instituto de Promoção Cultural. Praia, 2000